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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Dicas - Insulfim

Insulfilm – Verdades e mentiras sobre o acessório
Os brasileiros levam consigo a fama de serem adoradores de carros. Esse fascínio faz com que muitos proprietários acrescentem diversos acessórios em seus veículos após a compra. Um desses equipamentos é a película escurecedora, popularmente conhecida como insulfilm, que tem gerado muita polêmica.

Proprietários de veículos têm que estar atentos à legislação antes de aderirem ao insulfilm e circular pelo trânsito – Foto: Gazeta
Legislação
A legislação, de acordo com a Resolução nº 253, de 26 de outubro de 2007, permite que os proprietários acrescentem a película no vidro dianteiro – para-brisas – apenas na parte superior, em uma espécie de degradê. Na área restante é proibida a intervenção. Isso porque é necessário manter 75% de visibilidade, que já é preenchida pelo vidro que vem da fábrica.
Assim, nos vidros dianteiros é permitido escurecer 5%, deixando 70% de transmissão de luminosidade. Já nos vidros traseiros é necessário deixar luminosidade de 28%. A multa para condutores de veículos com insulfilm irregular é de R$127,69, além da configuração de infração grave, computando cinco pontos na carteira.
Ao colocar a película, o proprietário precisa estar atento à fixação do selo no veículo. “A resolução exige três fatores no selo do insulfilm: tem que conter a marca do fabricante, do Inmetro e a porcentagem de transparência. Quando notamos que o veículo possui a película, mas não tem o selo, que é uma marca d’água, fazemos o auto de infração”, explicou o tenente Ricardo Belini, do 38º Batalhão da Polícia Militar (38º BPM).
Ainda de acordo com ele, muitas pessoas têm burlado a marca d’água. “Os proprietários estão colocando no selo uma porcentagem de transparência diferente da inserida no carro. Para isso, existe um aparelho, que é aferido pelo Inmetro, que consegue detectar a real transparência daquele vidro. Se as informações não tiverem batendo, é feita a autuação e é avaliado se o instalador do insufilm fez parte desse ato fraudulento”, afirmou.
São muitos os casos em que, mesmo sabendo da lei, o proprietário do veículo pede ao instalador uma película mais escura do que a permitida. “Sempre oriento o cliente de acordo com a lei e falo que, dependendo da película que ele colocar, sua visibilidade ficará comprometida. No entanto, eles pedem a colocação mesmo depois das instruções, que atende cerca de seis pedidos de aplicação desse acessório por dia.
O preço de instalação varia de acordo com o carro, mas em geral fica entre R$130 e R$200. Após inserir a película é recomendável que o veículo fique com os vidros fechados em um prazo de 24h.
Polêmicas
A película mais escura torna-se polêmica por proporcionar diferentes pontos de vista. O tenente Belini afirma que a população precisa estar atenta, primeiramente, à segurança. “A legislação traz o máximo de segurança para o condutor. Se ele burla a lei, com certeza será prejudicado. Isso porque a visibilidade diminui e a chance de acontecer um acidente é bem maior. Definitivamente, estética e beleza do acessório não podem vir em primeiro lugar”, defendeu.
Por outro lado, quem usa a película escura em veículos também afirma visar a segurança. “O insulfilm inibe os criminosos, tanto por não ser possível saber se tem alguma coisa de valor dentro do veículo, como por não saberem quem está dentro. É uma forma de nos defender”.

Conscientização da população
Apesar de toda polêmica que cerca o assunto, o insulfilm ainda não é tratado como prioridade pela polícia. “No momento estamos dedicando maiores esforços ao trabalho da Lei Seca, por isso não existem muitas campanhas que visam conscientizar a população”, justificou tenente Belini. Esse fato contribui para que alguns proprietários utilizem o acessório de forma errada, sem ter conhecimento disso. “Pouco tempo atrás eu tinha o insulfilm mais escuro que o permitido porque não sabia qual era a porcentagem exata que o tornava ilegal. Fui alertado por pessoas próximas sobre a lei e me adequei para não ser punido”,

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